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Mapa mostra o mundo de acordo com o acesso à internet de cada país

O tamanho varia com o número de usuários, enquanto as cores representam a porcentagem de pessoas conectadas



Reprodução / Information Geographies
Reprodução / Information Geographies
Nós já vimos um mapa que mostra o mundo ajustado à quantidade de habitantes de cada país. Mas e quanto ao número de pessoas na internet? Este mapa do projeto Geografias da Informação, feito pelo Instituto de Internet de Oxford (Reino Unido), fez exatamente isso.
Usando dados de 2011 do Banco Mundial sobre usuários de internet e a população de cada país, este mapa oferece duas informações diferentes ao mesmo tempo. O tamanho dos países é maior ou menor dependendo de quantos usuários eles contêm; a cor dos países, no entanto, revela a penetração da internet em cada um deles – quanto mais escuro, maior a porcentagem de pessoas que estão on-line.
Por exemplo: em lugares como a China, há um grande número de usuários de internet – em boa parte devido à sua enorme população – mas a porcentagem de pessoas na grande rede é menor que no Brasil. Este mapa não nos mostra, no entanto, como certos países evoluíram em termos de levar mais pessoas à internet. Do site do projeto:
"Alguns países africanos passaram por um crescimento impressionante, enquanto outros viram poucas mudanças desde a última vez que mapeamos o uso global de internet em 2008. Nos últimos três anos, quase todos os países do Norte Africano dobraram sua população de usuários de internet (a Argélia é uma notável exceção). Quênia, Nigéria e África do Sul também tiveram um crescimento enorme. No entanto, mais da metade dos países da África Subsaariana ainda têm uma penetração de Internet inferior a 10%, e o crescimento foi baixo nos últimos anos."
E mais: todas as pessoas representadas no mapa correspondem a cerca de um terço da população mundial. Afinal, são mais de 2 bilhões de internautas contra 7 bilhões de humanos no planeta. Ainda há um caminho muito, muito longo a se percorrer.
Fonte: Atualizado: 11/10/2013 | Por Ashley Feinberg-- Gizmodo

 

 

O uso das tecnologias na educação

Renata Beduschi de Souza

É importante que haja não apenas uma revolução tecnológica nas escolas. É necessária a revolução na capacitação docente, pois a tecnologia é algo ainda a ser desmistificado para a maioria dos professores
No contexto escolar atual, é impensável fazermos algumas tarefas sem a ajuda de um computador. Pilhas de cadernos, agendas e planilhas de papel foram substituídas por arquivos no computador, que facilitam o fechamento de notas, o controle de presenças, a emissão do histórico dos alunos, etc. Provas são ricamente elaboradas com o uso de softwares, internet e editores de texto. Chega um momento, porém, em que a presença de alguns recursos tecnológicos deve deixar de ser imprescindível apenas no espaço administrativo e ocupar seu lugar onde será mais útil e mais ricamente aproveitada: a sala de aula.

Os recursos tecnológicos na escola
É evidente a insatisfação dos alunos em relação a aulas ditas "tradicionais", ou seja, aulas expositivas nas quais são utilizados apenas o quadro-negro e o giz. O aprender por aprender já não existe: hoje, os alunos precisam saber para que e por que precisam saber determinado assunto. Essa é a típica aprendizagem utilitária, isto é, só aprendo se for útil, necessário para entrar no mercado de trabalho, visando ao retorno financeiro. A internet invade nossos lares com todas as suas cores, seus movimentos e sua velocidade, fazendo o impossível tornar-se palpável, como navegar pelo corpo humano e visualizar a Terra do espaço sem sair do lugar. É difícil, portanto, prender a atenção do aluno em aulas feitas do conjunto lousa + professor.
Então, por que fazer o mesmo quando se pode fazer diferente? Uma vez que os alunos gostam tanto de aulas que utilizam a tecnologia, por que não aproveitar essa oportunidade e usá-la a seu favor? A aula pode entusiasmar os alunos de maneira ao menos parecida com que são excitados pelos jogos e filmes de alta qualidade em efeitos especiais. A escola precisa modernizar-se a fim de acompanhar o ritmo da sociedade e não se tornar uma instituição fora de moda, ultrapassada e desinteressante. Embora lentamente, ela está fazendo isso. Saber que o aluno aprende com o que lhe prende a atenção todos sabem. A questão é: estão os professores, as escolas e os sistemas de ensino preparados para tal mudança?
Aulas modernizadas pelo uso de recursos tecnológicos têm vida longa e podem ser adaptadas para vários tipos de alunos, para diferentes faixas etárias e diversos níveis de aprendizado. O trabalho acaba tendo um retorno muito mais eficaz. É importante, no entanto, que haja não apenas uma revolução tecnológica nas escolas. É necessária a revolução na capacitação docente, pois a tecnologia é algo ainda a ser desmistificado para a maioria dos professores.
Existe uma infinidade de programas disponíveis para montagem de exibições de slides, de atividades interativas e jogos; porém, alguns professores não sabem como utilizá-los. Utilizar o computador em sala de aula é o menor dos desafios do professor: utilizar o computador de forma a tornar a aula mais envolvente, interativa, criativa e inteligente é que parece realmente preocupante. O simples fato de transferir a tarefa do quadro-negro para o computador não muda uma aula. É fundamental que a metodologia utilizada seja pensada em conjunto com os recursos tecnológicos que a modernidade oferece. O filme, a lousa interativa, o computador, etc., perdem a validade se não se mantiver o objetivo principal: a aprendizagem.

O que vem sendo feito e o que é possível melhorar
Os recursos tecnológicos devem servir como extensões do professor. Ideias abstratas tornam-se passíveis de visualização; o microscópico torna-se grande; o passado torna-se presente, facilitando o aprendizado e transformando o conteúdo em objeto de curiosidade e interesse. O essencial é que as aulas obedeçam a uma cadeia de ideias que deixe o aluno orientado em relação ao que está aprendendo. Cada aula não é uma aula, e sim uma aula que veio antes de uma aula e depois de outra. O aprendizado deve ser interligado.
Em língua portuguesa, por exemplo, podem ser trabalhados textos utilizando apenas um computador e um programa Word. A professora pode incluir comentários nos textos dos alunos sem alterá-los e depois pedir que revisem. Outra atividade interessante é pedir aos alunos que pesquisem na internet um texto narrativo e solicitar que mudem o gênero textual para poesia ou teatro (Magalhães e Amorim, 2008). A internet é uma fonte riquíssima e excelente aliada do professor de português. Podem ser realizadas produções de textos baseadas em histórias em quadrinhos disponíveis na rede (www.turmadamonica.com.br). Sites de notícias podem ser visitados para analisar, por exemplo, como determinado país divulgou um acontecimento de âmbito mundial.
Nessa seqüência, pode-se trabalhar o texto jornalístico, e os próprios alunos montam um jornal da escola utilizando programas no computador. Gráficos e tabelas no Excell podem ser elaborados com o auxílio do professor de matemática; artigos sobre o meio ambiente e alguma questão que envolva a comunidade local podem ser criados com o apoio dos professores de ciências e geografia. O mesmo jornal pode ser trabalhado no formato de telejornal, e os alunos poderão fazer gravações com câmeras digitais. As videoconferências, realizadas através de programas como o Skype, por exemplo, são particularmente úteis para o professor de língua estrangeira, que poderá acordar com professores de outros países que ensinam a língua em questão, em séries equivalentes, para que os alunos possam conversar on-line.
Febre entre a garotada, e agora ferramenta para a sala de aula, são os sites de relacionamento e os blogs. Com atividades dirigidas e objetivos claramente estabelecidos, é possível levar para a escola oportunidades reais de uso da língua estrangeira ou mesmo da língua materna. Não podemos esquecer os sites de atividades interativas, especialmente os jogos on-line. Atividades como bingo, anagramas, caça-palavras, palavras cruzadas e forca são alguns exemplos de exercícios interativos.
A internet tem papel fundamental no ensino de língua inglesa. É a fonte natural da língua, mais acessível para alunos de qualquer contexto social. Desde formulários para diversas finalidades até a inscrição em muitos sites de relacionamento terão de ser preenchidos em inglês. Isso já representa uma necessidade de aprender uma língua estrangeira, uma vez que muitos querem uma razão para isso. Vídeos no Youtube, músicas e vários outros recursos são mais alguns exemplos de que não é necessário viajar para o exterior para ter contato com falantes nativos de inglês.

As possibilidades
Diante de tantas possibilidades, convém saber que existem estudiosos que já pensaram a respeito e que escrevem ricamente sobre o assunto, dando ao professor subsídios para o planejamento de aulas com um pouco mais de segurança e bastante criatividade. No livro Cem aulas sem tédio, as professoras Vivian Magalhães e Vanessa Amorim (2003) defendem a ideia de que precisamos encarar nossos medos e utilizar os recursos tecnológicos como apoio para nossas aulas. Enfatizam ainda que os professores jamais serão substituídos pela tecnologia, mas aqueles que não souberem tirar proveito dela correm o risco de ser substituídos por outros que sabem. O uso da internet em sala de aula fornece subsídios para um ensino mais centrado no aluno e em suas iniciativas (Leventhal, Zajdenwerg e Silvério, 2007). Além de abrir perspectivas durante as aulas, revela-se como uma útil ferramenta na área de pesquisa para projetos, desenvolvimento de leitores e acesso à informação.
Outro aspecto interessante é que, em sua maioria, o material disponível na internet, ou mesmo filmes e documentários, não respeitam uma sequência linear de aprendizado. Assim, levando-se em consideração o conhecimento prévio do aluno, é possível proporcionar um envolvimento completo, uma interação ampla com o mundo que o cerca. Ele precisa ser desafiado para que possa aprender efetivamente, conforme o conceito elaborado por Vygotsky (1984) acerca da zona de desenvolvimento proximal (ZDP). Ela se refere à distância ente o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes.
O papel do professor, segundo essa teoria, é o de mediador, auxiliando o aluno a alcançar seu potencial máximo, aproveitando todos os benefícios educativos que os recursos tecnológicos podem oferecer. O vídeo, por exemplo, é um grande aliado da ação pedagógica, já que está diretamente ligado ao conceito de lazer. Desse modo, o professor traz para a sala de aula um elemento da realidade do aluno, fugindo da linguagem tradicional da escola, que é normalmente o padrão escrito.
Um papel que precisa ser reavaliado é o da televisão em sala de aula. Há um grande número de programas a serem analisados a fim de introduzir um conteúdo, aprofundá-lo ou ilustrá-lo, como novelas, desenhos, noticiários, documentários, clipes, programas de auditório, entre outros. Segundo Moran, "Tudo o que passa na televisão é educativo. Basta o professor fazer a intervenção certa e propiciar momentos de debate e reflexão" (2006).
Independentemente do recurso tecnológico em questão, o professor é o sujeito capaz de mediar o aprendizado e torná-lo mais atrativo, divertido e interessante para os alunos. Os recursos tecnológicos, bem mais do que aguçar a curiosidade do aluno em relação ao que está sendo ensinado, ajudam a prepará-lo para um mundo em que se espera que ele conheça, além dos conteúdos escolares, todos os recursos por meio dos quais esses conteúdos foram trabalhados.
O aluno tem direito ao acesso às tecnologias na escola: "A sólida base teórica sobre informática educativa no Brasil existente em 1989 possibilitou ao MEC instituir, através da Portaria Ministerial nº 549/89, o Programa Nacional de Informática na Educação - PRONINFE, com o objetivo de desenvolver a informática educativa no Brasil, através de atividades e projetos articulados e convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica sólida e atualizada, de modo a assegurar a unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos envolvidos" (História da informática educativa no Brasil, site do MEC/SEED/PROINFO, nome do autor não indicado). Assim, a escola cumpre duplamente seu papel: ensina e educa, educando para um mundo no qual a tecnologia é não só necessária, mas também essencial.
São muitos os benefícios trazidos pelos recursos tecnológicos à educação. Contudo, é preciso que o professor conheça as ferramentas que tem à sua disposição se quiser que o aprendizado aconteça de fato. O uso das tecnologias na escola está além de disponibilizar tais recursos; ele implica aliar método e metodologia na busca de um ensino mais interativo.
  • Renata Beduschi de Souza é graduada em Letras, professora de língua portuguesa da rede municipal de Campo Bom (RS) e de língua inglesa do Centro de Idiomas da Universidade Feevale, de Novo Hamburgo (RS).
    renata_teacher@ymail.com

Referências

  • MORAN, J.M. Liguem a TV: vamos estudar! Revista Nova Escola, São Paulo, n. 189, fev. 2006.
    MAGALHÃES, V.; AMORIM, V. Cem aulas sem tédio. Porto Alegre: Instituto Padre Reus, 2003.
    LEVENTHAL, L.; ZAJDENWERG, R.; SILVÉRIO, T. Inglês é 11. Barueri, SP: Disal, 2007.
    VYGOTSKY, L.S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fonte, 1984.

 

 

O desafio da classe digital

Apesar de amplamente disseminada fora da escola, a tecnologia ainda custa a entrar na sala de aula; entenda por que isso ocorre e conheça exemplos de iniciativas


O desafio da classe digital
"O professor Gabriel Antonini, do Pueri: corpo humano em 4D"
Embora a tecnologia esteja disseminada fora da escola, aplicá-la em sala de aula ainda é um desafio para os educadores. Mesmo em São Paulo, a maior cidade da América do Sul, são poucos os colégios que aplicam – com planejamento, seleção adequada de materiais e capacitação de professores – recursos digitais além do uso simples de computador e iPad.
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"Infelizmente, o uso da tecnologia com qualidade em sala de aula ainda é pequeno. Isso acontece por dois motivos principais: o primeiro, a falta de capacitação dos professores para utilização das tecnologias digitais; segundo, a falta de infraestrutura tecnológica adequada nas escolas, como Wi-fi de qualidade", explica Martha Gabriel, pesquisadora em tecnologias da educação e autora do livro Educ@r – A Revolução Digital na Educação.
Para Martha, a falta de treinamento é, entre os dois fatores, o maior gargalo. "Professores capacitados superaram infraestrutura deficiente, mas nenhuma infra, por melhor que seja, é usada – e bem aproveitada – sem capacitação.
Segundo ela, embora o uso da tecnologia ainda parte mais da ação individual do professor do que das escolas, as instituições estão se mobilizando, no Brasil e no exterior, para abraçar o digital não apenas na sala, mas em um projeto educacional mais amplo.
Abismo. As instituições, por sua vez, relatam resistência dos docentes mais antigos e observam que há um fosso entre as práticas ensinadas aos novos professores nas universidades e a realidade da sala.
"Há um descompasso geracional. Ainda se usa muito a tecnologia para replicar modelos que não dão certo. A escola tem de formar o aluno para que ele traga a demanda tech e use a favor do conhecimento. É difícil fazer, mas muito pior não fazer", afirma Valdenice Minatel, coordenadora do Departamento de Tecnologia Educacional do Colégio Dante Alighieri.
Na tentativa de driblar os obstáculos, algumas escolas criaram coordenadorias específicas para a tecnologia educacional, como o Colégio Porto Seguro. "Para cada R$ 1 que gastamos com aparelhos digitais, outros R$ 5 são investidos na formação dos docentes. É um desafio. Ainda não sabemos se os alunos aprendem mais dessa forma, vamos descobrir na prática", diz Renata Pastore, diretora de Tecnologia Educacional do Porto.
Nesse colégio, os alunos de 5 e 6 anos transformaram tabuleiros usados no aprendizado das sequências numéricas, feitos por eles com cartolinas, em jogos eletrônicos. Fotografaram os desenhos das trilhas, gravaram os áudios e montaram os jogos com a ajuda de um aplicativo gratuito.
"Fiquei muito feliz ao ver meus alunos participando ativamente de todas as etapas do aprendizado. Além dos objetivos da Matemática, eles estavam aprendendo, em uma única atividade, Linguagens e Informática", diz a professora Maria Fernanda Reis Balugani.
No Porto, alunos de 2 e 3 anos interpretam textos com auxílio da tecnologia. Após lerem O Caso do Bolinho, da escritora Tatiana Belinky, eles jogaram games, desenvolvidos pelas professoras, com os elementos da obra. Muitos ajudavam os colegas a completar o jogo nos tablets, recontando uns para os outros a história.
No Colégio Santa Maria, no Jardim Marajoara, as crianças do 4.º ano do fundamental fizeram interpretação de texto em outro formato. Primeiro, aprenderam a programar histórias em quadrinhos virtuais. Depois, recontaram contos da escritora Ana Maria Machado. "A gente deu uma adaptada nas falas para ficar mais atual", conta Matheus Siqueira de Azevedo, de 9 anos.
Stop motion. Também no Santa Maria, a professora do 8.º ano Andreia Pistori, de Artes, tratou de Modernismo e Abstracionismo no Brasil de um jeito diferente. Pediu que os alunos fizessem filmes em stop motion (técnica de animação quadro a quadro, feita com sequências de fotografias) da obra A Morte do Abaporu, de Tarsila do Amaral. Eles modelaram em massinha os elementos da pintura. "Não deixei de dar a teoria, mas ensino os alunos sobre arte na prática e de uma forma totalmente nova para eles.
No Colégio Pueri Domus, o professor de Biologia Gabriel Antonini passou um longo período fazendo testes e curadoria do material tecnológico que apresentaria aos alunos. "Não basta ser bonito, tem de acrescentar." Foi com um aplicativo 4D que ele conquistou tanto alunos – da sua sala e de outras – quanto pais. Apontando a câmera do celular ou do tablet para um desenho impresso em uma folha sulfite, ele consegue mostrar diversos sistemas do corpo humano em 4D. "Consigo explicar de uma forma muito melhor, já que é proibido no Brasil a dissecação de mamíferos", diz.
Thales César Giriboni, de 16 anos, do Dante, se interessou tanto por tecnologia que passou a desenvolvê-la para os professores e colegas. Ele construiu uma agenda eletrônica capaz de sincronizar os dados personalizados dos alunos, como compromissos diários e planos de estudo, com as tarefas de toda a turma. "Quem perdeu a aula, pode ver depois o que foi ensinado, se foi dada prova ou não."
Giriboni foi o que os educadores chamam de "protagonista" do próprio conhecimento. É exatamente isso, apostam, que a tecnologia com qualidade dentro da sala de aula poderá disseminar.

'Tecnologia não educa sozinha'

Confira entrevista com Eric Bettinger, professor associado da Faculdade de Educação da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos


'Tecnologia não educa sozinha'
"Para Bettinger, usar a tecnologia efetivamente requer trabalho, esforço e também sacrifícios"
A tecnologia promove mais educação?
Mais acesso à tecnologia significa mais acesso à informação. Podemos acelerar a aprendizagem se encontrarmos formas de usar a tecnologia com qualidade para dar aos alunos informação e ferramentas para a tomada de boas decisões.
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Basta dar celulares e tablets para os alunos aprenderem mais?
As pesquisas mostram que só dar o equipamento tecnológico não adianta. Eles vão jogar mais games. É melhor dar os equipamentos e os softwares adequados ou continuar treinando-os a usar a tecnologia com qualidade. Não é o aparelho que auxilia, mas os softwares. Se eu deixar os meus filhos sozinhos, eles vão jogar games que não acrescentam.
É preciso cuidado ao levar a tecnologia para a sala de aula?
Sim. O desafio do século 21 é como usar a tecnologia efetivamente e isso requer trabalho, esforço e também sacrifício do professor e do aluno. Não posso jogar um game o tempo todo e aprender tudo o que preciso. Se eu quiser aprender mais, tenho de ver, pensar, interpretar, ler, analisar e estudar as coisas. E a tecnologia não promove isso sozinha. Hoje, é imprescindível usar a tecnologia na sala de aula, mas também é preciso cautela

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